João precisava decidir-se sobre a aposentadoria e andava curioso sobre como seria essa passagem. Por isso ligou para um colega que já usufruía dessa regalia há alguns meses. O colega resumiu:
- Eu nem sei que dia é hoje!
Poucas vezes alguém conseguiu fazer uma declaração tão cheia de significado com tão poucas palavras! E João percebeu assim a liberdade que o colega estava desfrutando: estava livre das segundas-feiras, dos compromissos das quintas, das reuniões de trabalho, das viagens a serviço, das prestações de contas...
Nos primeiros dias, João também passou pela mesma experiência. E hoje já percebe que os compromissos continuam existindo, alguns mais urgentes, outros menos. Mas nenhum pra ontem!
Todo tempo do mundo só pra ajudar.
Ajudar é o verbo de João.
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Sobre a ajuda
- Se tivesse alguém pra trazer a televisão lá de baixo e trocar por esta que já não funciona mais...
Não precisou ouvir duas vezes. João saiu atropelando o tio, subiu e desceu as escadas, trocou rapidamente as TVs e, ao ligá-las, observou que as duas funcionavam perfeitamente. Intrigado, perguntou:
- Qual era mesmo o defeito da televisão, tia?
- Não aparecia a imagem.
João efetuou os ajustes na antena e deixou tudo funcionando direitinho. Faltava somente o controle remoto.
- Cadê o controle?
As pilhas tinham acabado. Era necessário substituí-las.
- Tio, o senhor tem pilhas novas?
- Tenho. Vou procurar. – Então, demonstrando muita habilidade, ele desceu as escadas, tateou tudo na prateleira e disse, por fim, que não tinha pilhas daquele tamanho.
João resolveu conferir:
- Onde é mesmo que o senhor guarda as pilhas?
- Na prateleira, sob a escada.
João verificou que havia pilhas suficientes para trocar oito vezes o conjunto do controle! Então substituiu as pilhas velhas por outras novas e tudo ficou muito bem.
Tia Maria, acamada há meses, e tio João, nocauteado pelo glaucoma, moram sozinhos e ficaram muito agradecidos pela ajuda.
Às vezes, gestos tão simples que achamos insignificantes são de muita valia para quem vive realidades diferentes, como no caso relatado acima
Não precisou ouvir duas vezes. João saiu atropelando o tio, subiu e desceu as escadas, trocou rapidamente as TVs e, ao ligá-las, observou que as duas funcionavam perfeitamente. Intrigado, perguntou:
- Qual era mesmo o defeito da televisão, tia?
- Não aparecia a imagem.
João efetuou os ajustes na antena e deixou tudo funcionando direitinho. Faltava somente o controle remoto.
- Cadê o controle?
As pilhas tinham acabado. Era necessário substituí-las.
- Tio, o senhor tem pilhas novas?
- Tenho. Vou procurar. – Então, demonstrando muita habilidade, ele desceu as escadas, tateou tudo na prateleira e disse, por fim, que não tinha pilhas daquele tamanho.
João resolveu conferir:
- Onde é mesmo que o senhor guarda as pilhas?
- Na prateleira, sob a escada.
João verificou que havia pilhas suficientes para trocar oito vezes o conjunto do controle! Então substituiu as pilhas velhas por outras novas e tudo ficou muito bem.
Tia Maria, acamada há meses, e tio João, nocauteado pelo glaucoma, moram sozinhos e ficaram muito agradecidos pela ajuda.
Às vezes, gestos tão simples que achamos insignificantes são de muita valia para quem vive realidades diferentes, como no caso relatado acima
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