Outro dia li ‘O velho e o mar’, escrito por Ernest Hemingway em 1952.
O livro relata o dia-a-dia do velho pescador Santiago e seu fiel companheiro, o garoto Manolin.
Certa feita, Santiago saiu sozinho para sua pescaria, levando consigo sua grande experiência em navegação marítima e a determinação de um vencedor. Naquela pescaria encontrou um adversário à altura, um peixe espadarte, que lutou por sua vida com a honestidade do guerreiro, já velha conhecida de Santiago.
O velho sobreviveu com dificuldades e, aos farrapos, teve que utilizar toda sua experiência em lidar com adversidades para conduzir o barco novamente à sua praia, vários dias depois, quando todos já davam por finalizada a carreira de velho pescador.
Na sua luta pelo peixe, enfrentou tubarões, golfinhos e toda sorte de adversidades, mas foi paciente e perseverante, para conseguir manter a posse do peixe e depois manter sua própria vida.
Durante as lutas e o retorno, tubarões abocanharam toda a carne do espadarte e só sobrou mesmo parte de seu esqueleto, como que um troféu comprovando sua aventura.
Muito bom notar a vontade de lutar pela sobrevivência, a garra, a honestidade e o respeito pelo adversário nessa luta entre o velho e o espadarte. Ali Santiago percebeu o quanto foram boas as experiências adquiridas nas investidas anteriores, ainda que antes não tivesse encontrado um peixe assim tão grande; percebeu também a falta do companheiro Manolin; reconheceu que poderia ter treinado melhor a outra mão, mas que agora não adiantava reclamar; reconheceu que faltaram ferramentas que teriam sido úteis na luta pelo peixe e pela vida. Reconheceu suas limitações, quando por vezes achou que estava perdendo a peleja. Por fim, foi salvo pelo conhecimento das correntes marítimas e dos costumes dos peixes.
Santiago foi salvo pelo conhecimento.