Por esses dias resolvi fazer um
pequeno conserto no reboco externo da minha casa.
Para isso comprei alguns
materiais e fui visitar o sótão, a fim de ‘arregimentar’ algumas ferramentas
que deveria utilizar. Para prevenir batidas da minha cabeça dura em alguma viga
das tesouras que sustentam o telhado, recorri a um capacete que uso nas pedaladas
eventuais com a minha bicicleta. Parece que não, mas o certo é que quando estou com o
capacete nunca bato em nada, mas basta não estar com ele que minha cabeça volta
com resquícios de alguma batida...
Desci e comecei a preparar a
execução do serviço. Precisava desencaixar uma parte da calha coletora de águas
de chuva. Então comecei por aí. Durante o esforço inicial, percebi que a
dificuldade não seria tão grande e não me preocupei com uma coisa óbvia: no
esforço para desencaixar a parte que interessava, consegui desencaixar também a
curva principal do coletor, que ficava na parte mais alta da calha. E a danada
nem avisou: quando vi, ela já estava no chão, ao meu lado, mas não sem antes
ter batido diretamente na minha cabeça! Tratava-se de um pedaço curvo de cano de
zinco com mais ou menos 1m de comprimento, que ficava na parte superior da
calha, a 8 m de altura, e que caiu diretamente na minha cabeça!
Podem se espantar: o que senti de
fato na minha cabeça foi como se uma almofada de algodão tivesse batido, o que
não provocou nenhuma consequência...
E o que faltou considerar: tinha
acabado de tirar o capacete, que poderia ‘atrapalhar’...
Nesse dia meu anjo trabalhou
dobrado!