domingo, 25 de março de 2012

Lixo importado


Acabo de ver notícia que dá conta da entrada de lixo importado do Canadá pelo porto de Itajaí (SC). in http://www.receita.fazenda.gov.br/noticias/2012/mar/lixonao.htm

O conceito de aldeia global vale também para lixo. Mas lixo é problema de quem produz. Assim, nosso planeta tem que lidar com o lixo que produz. Enquanto não soubermos lidar com isso a nível global, agentes “espertos” vão criando jeitinhos de empurrar para outro lugar os resíduos que não têm interesse de tratar.

O Brasil tem sido escolhido por outros países como local de descarte de lixos de diversas origens. Talvez porque não nos preocupemos nem com o destino dado aos nossos próprios resíduos. Assim, “importamos” lixo hospitalar, resíduos de material radioativo, roupas utilizadas em hospitais para aproveitar o tecido, "polietileno" como o citado no link acima (eventos esses já descobertos e em investigação pela Receita Federal), sem citar os casos não descobertos pelo governo brasileiro.

Quando descobertas movimentações desse tipo, os governos devolvem para a origem os resíduos encontrados. Mas o problema é que continuamos sem a solução a nível global.

E já que ainda não temos as soluções, não seria a hora de suspender as atividades que produzem os tão indesejáveis resíduos?

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

São Silvestre 2011


Relutei muito antes de me inscrever para a tradicional corrida anual de São Silvestre deste ano.

Ano passado nem corri, por muitos motivos; entre eles o alto preço da inscrição - que aumenta todo ano -, e a opção pelas aulas de música e piano, com prejuízo nos treinos para as corridas. Como rendi pouco no piano, concluí que errei quando eliminei da agenda os treinos para as corridas (corri menos, ganhei uma cinturinha extra e mesmo assim meu desempenho ao piano ainda ficou a desejar...). Sendo assim, para este ano, resolvi na última hora que ia correr, mesmo sem o treinamento adequado: foi estabelecido um limite de 25000 participantes e eu fui o 23927º.

A organização promoveu para 2011 algumas mudanças importantes na corrida, a começar pelo traçado e pelo local da chegada. O motivo alegado para as mudanças foi a confusão gerada pelo conflito entre os atletas que participam da corrida e as pessoas que chegam para a festa da virada do ano, que ocorre no mesmo local.

Considerando apenas o motivo que a organização alegou para promover as mudanças, eu penso que uma solução mais simples teria trazido melhores resultados do que os que foram obtidos: a chegada e a dispersão poderiam ocorrer na estação Paraíso do Metrô, bastando para isso ter virado à esquerda pela Av. Paulista, quando do cruzamento com a Av. Brigadeiro Luís Antônio.

Pessoalmente eu não gosto do local do Obelisco do Ibirapuera. É de uma grandeza assustadora, não facilitadora. Aquilo funciona bem para quem está motorizado, de passagem pelo local. Para pedestres, é a mesma coisa que caminhar pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília: tudo fica muito longe. Para quem já está cansado dos 15 km da São Silvestre ou dos 42 km da Maratona, definitivamente aquele local não serve.

Considerando a mudança do traçado, duas anotações importantes: a) algumas ruas selecionadas não comportam o volume de atletas participantes, o que dificulta a manutenção do ritmo pessoal: todos têm que correr no ritmo da massa e tropeçando, anulando seu próprio ritmo; b) o grande volume de participantes não facilitou a dispersão durante a corrida e nem no momento da chegada. Pra piorar bastante, choveu copiosamente durante a corrida.

Um detalhe de organização que acabou irritando alguns atletas foi a falta de camisetas quando se aproximava o fim da distribuição de kits. Eu mesmo acabei ficando com uma camiseta baby-look, que ficou para minha filha. Muitos inscritos ficaram sem camiseta.

Saiu o resultado: fiquei em 4506º, com tempo líquido de 01:22.  Já estive um pouco melhor...