quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ribeirão das Pedras - II

Fiz antes um registro sobre o Ribeirão das Pedras, que nasce perto de casa. Houve uma descontinuação no relato e por isso trago novidades. Continuo acompanhando o curso inicial do riacho e verifiquei o seguinte: aquela primeira ponte-que-não-era-ponte, citada no relato anterior, foi reformada. Houve uma grande movimentação de terra para adaptação do terreno à nova configuração do conjunto, mas o buraco que sobrou ainda é enorme. Antes de atravessar por baixo da rua, o riacho ainda não encontrou o caminho redesenhado pelo homem e insiste em não aceitar a mudança. Mas a água chega ao outro lado, passando ainda não vi por onde... À esquerda, logo após a tal ponte, a Sanasa havia construído uma estação elevatória de esgoto, que, mesmo estando bem pertinho, não faz parte do complexo.

Estamos na entrada da primavera. Ontem foi 21 de setembro – dia da árvore - e recebemos na praça da nascente do nosso riacho a visita de prefeitos e secretários de cidades da região. Eles fizeram o lançamento simbólico de uma campanha para o plantio de novas árvores para recomposição da mata ciliar no Ribeirão das Pedras. Na verdade trata-se de um projeto maior, que, através de um convênio entre a Petrobras-Replan (Refinaria de Paulínia), o Shopping D. Pedro e algumas prefeituras, prevê a recomposição das matas ciliares dos conjuntos hidrográficos que banham Campinas, Piracicaba, Jundiaí e mais algumas cidades da região.

Estiveram presentes alunos de duas escolas de Campinas para efetuar o plantio simbólico das árvores. Curiosamente, uma das escolas é o Colégio Rio Branco. No relato anterior, citei que nem todas as propriedades respeitavam o limite imposto pelo riacho para eventuais movimentos laterais. Essa escola é uma dessas propriedades: pelo que observei, seus muros já avançam sobre o riacho, no bairro de Barão Geraldo.

O evento foi registrado pela reportagem da Prefeitura de Campinas e pode ser consultado através do link:

http://www.campinas.sp.gov.br/noticias-integra.php?id=3387

Tenho acompanhado também, através de passeios de bicicleta com o meu neto, o trecho do riacho que segue até a região do Shopping D. Pedro. No relato anterior citei um incidente com um lago artificial; foram executados alguns serviços para sua recuperação. Confesso que não entendi muito a movimentação de terra e nem o resultado obtido. O serviço foi executado durante uma longa estiagem e a impressão inicial era que o objetivo era formar uma ou duas ilhas no lago. As máquinas foram retiradas e o serviço entregue (ou teria sido abandonado?).

Ontem, após uma estiagem de mais de 50 dias, choveu copiosamente no início da noite. As árvores recém plantadas na manhã pelas crianças, já tiveram sua primeira prova de resistência. Uma delas sucumbiu (mas já foi reerguida). O lago reformulado, optou por uma configuração natural mesmo: parece não ter gostado do serviço executado.

Hoje, em passeio de inspeção com o meu neto, verifiquei que a chuvarada limpou toda a região da mata que sofreu com queimadas durante a estiagem, provocou a continuação de diversas erosões já anteriormente iniciadas e mostrou como quer que fique o lago artificial: houve muita movimentação de terra e o assoreamento recomeçou. Vamos ver no que vai dar isso. Bom mesmo foi notar algumas garças margeando a região do lago, bem como muitos sapos saltitantes festejando a chegada da primavera.