quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Aprendendo piano


Depois da aposentadoria, resolvi estudar piano.

E é claro que a bagagem de uma vida inteira vai junto pra escola e interfere no aprendizado.

Qual é o melhor método? Qual o mais eficiente? O que produz melhores resultados? Por que não fazer desse ou daquele jeito?

Nesta fase da vida uma pessoa almeja posições de comando. O senso crítico é bastante elevado. No meu caso, nunca fui muito bom na execução de tarefas. No planejamento e administração me saía melhor.

Lembro-me que na aula de apresentação do curso de Pós Graduação o professor enfatizou:

- “Sei que vocês são todos experientes, responsáveis. Mas nós somos os professores. E vocês são os alunos. E aluno é aluno. Em qualquer lugar e em qualquer idade, se o aluno achar um jeito de enrolar o professor, então ele vai tentar enrolar. E eu aviso pra vocês: Não tentem nos enrolar.

Meu professor de piano é muito experiente. E exigente. Dirige uma das melhores escolas de música da cidade. Teve e tem alunos em todas as faixas de idade.

Mas ele é o professor. E eu sou seu aluno.

Temos lá nossos embates. Às vezes ele promove ’ajustes’ na condução do serviço dele. Mas eu sou seu aluno...

Minha ‘produção’ às vezes deixa a desejar. Ele tenta me enquadrar. Afinal ele é o professor. (E eu sou seu aluno...)

Admiro meu professor.

Às vezes penso em desistir. Mas como posso desistir de uma coisa que eu gosto e tive que adiar a vida toda, pra quando afinal tivesse tempo?

Acho que ainda vou ter que ‘enrolar’ bastante esse professor...

Apagando fogo


Viver apagando fogo ou cuidar da prevenção.

Dois modos de conduzir um assunto qualquer, seja na família, na escola, na empresa, num país ou no mundo!

Qual a melhor estratégia?

O ditado diz que 'É melhor prevenir do que remediar'.

Mas se isto fosse levado ao pé da letra, não precisaríamos de bombeiros. Ou de advogados. Ou de Conselhos Fiscais.

Certa feita, discutíamos estratégias e táticas a serem aplicadas em determinadas circunstâncias, e, em dado momento, o velho ‘bom senso’ foi convocado para prevalecer: "dependendo dos custos, dos resultados obtidos, das interferências legais, da determinação dos envolvidos em produzir sempre melhores resultados, etc. etc. etc."

Ou seja, em alguns casos poderia compensar a incidência de algum risco. E, se não fosse assim, também não precisaríamos das Companhias Seguradoras, certo?

É claro que este texto não é uma apologia à extinção dos bombeiros, nem das empresas seguradoras e muito menos dos responsáveis por serviços de controles ou de auditorias.

Um analista recebe uma demanda com prazo de 30 dias para a implantação de um projeto. Uma análise prévia do ambiente avalia que serão necessários 90 dias.

Nos meios empresariais isso ocorre diuturnamente e os administradores mais competentes decidirão pela implantação do projeto no prazo de 30 dias ou até antes, ainda que sobrem alguns ajustes pra fazer.

Esperar 90 dias pode determinar o fim do negócio, mesmo porque problemas ou mudanças nos ambientes podem ocorrer a qualquer tempo.

O sonho de todo analista é implantar um projeto sem erros. Um projeto ideal.

Mas a experiência diz que mesmo projetos perfeitos passam por ajustes a todo momento.

Por isso mesmo, penso que prevenir é bom mas que remediar é necessário.