30 de maio de 2010
Interessante!
Ontem resolvi fazer um passeio seguindo o curso de um riacho que nasce aqui pertinho de casa. Chama-se Ribeirão das Pedras.
Primeiro é uma biquinha, com água potável e muitos frequentadores. Depois, um brejo, cheio de taboas e muito mato, onde meu cachorro já se perdeu mais de uma vez. Em seguida, um pequeno curso d´água. A menos de cem metros já dá pra ouvir o barulhinho da água passando. Depois a primeira ponte, que na realidade não chega a ser uma.
Não quis observar na ida – e nem na volta – um lago artificial formado a pouco mais de mil metros da nascente. Conheci sua origem, vi as obras para a construção da pequena barragem, percebi ali algum problema de nível, que acabou provocando um ajuste na obra de lá pra cá. Lá vivem peixes, aves e outros pequenos animais.
Depois tem o trajeto que passa ao lado do Shopping Center e vai até a rodovia, sob a qual passa nosso riacho. Procurando manter a maior proximidade com o riozinho, encontrei uma passagem sob a pista digna das piores imagens criadas por Tolkien em “O Senhor dos Anéis”. Passei por ela morrendo de medo e somente sosseguei quando consegui sair, voltando. Prá frente não dava pra seguir. Era o fim da linha. A sensação do desconhecido era como estar encurralado...
Tive então que abandonar o riozinho e encontrá-lo somente mais à frente, após um trecho de subidas e descidas pela nova entrada da Universidade. Lá o curso d’água já era bem maior. E também já apareciam as primeiras justificativas para o nome dado ao ribeirão: as pedras, em grande quantidade.
Vi a chegada em Barão Geraldo. Pelo caminho estranhei a cor daquela água. Vi muitas construções cujas muradas estavam sendo corroídas por baixo, quase levadas pelas águas. Vi também muitos caninhos e canões com suas “bocas” viradas para o riacho, às vezes despejando, às vezes nada...
Mais à frente, observei que tem gente preocupada com a vida do ribeirãozinho, e vi também algumas arvorezinhas recém plantadas às suas margens. Algumas traziam nomes numa plaquinha. Talvez das pessoas que as plantaram.
Na minha cabeça ficaram algumas imagens compreendidas e por compreender.
As partes naturais do ribeirão são muito mais bonitas que as partes que sofreram alguma intervenção humana.
Hoje é dia 30 de maio. Passando de carro pela região que forma o laguinho antes do shopping, verifiquei muitos carros ali parados, inclusive um da Defesa Civil. Daí também paramos para verificar o que ocorria. E lá foram minha esposa, minha filha e seu namorado. Enquanto eu fui fazer a volta com o carro, eles observaram e colheram o que se dizia de cima da pequena barragem: durante a noite alguém teria quebrado a barragem e a água toda do laguinho fluiu, quebrando todo o sistema que ali havia sido criado. Peixes morreram ou foram levados pelas águas, animais morrendo... Com certeza teremos notícias amanhã.
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